Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

sábado, 13 de maio de 2017

Mentira é comigo mesmo. A GRANDE PROVA

"Eu não tenho nenhuma influência no PT."
 
 
As desventuras do viúvo 

 jornal 'O Estado de S.Paulo'


 

O País pôde ver L--- por inteiro, como ele é.
Se não fosse repugnante, 
seria apenas de dar dó.                         
                                                                                                   
Sempre achamos um exagero que o senhor L--- da Silva fosse por alguns alcunhado de “o apedeuta”, por sua profissão de fé na ignorância e por sua confessa indisposição para a leitura, que ele sempre, orgulhosamente, assumiu como contraponto aos “doutores” das “elites”. O depoimento que o senhor L--- da Silva prestou, na condição de réu, ao juiz federal Sérgio Moro demonstrou que estávamos errados: o líder petista comprovou de viva voz, com o que disse na oitiva, que não é ignorante apenas a respeito das coisas da cultura e da ilustração. Pelo que declarou em juízo, L--- é um completo ignorante. Não sabe de nada. Desconhece absolutamente tudo.
 
 
Do depoimento depreende-se que o senhor L--- da Silva desconhecia tudo o que fazia sua falecida mulher Marisa Letícia. Segundo o ex-presidente, foi a ex-primeira-dama quem quis comprar o triplex no Guarujá que, diz a acusação, foi adquirido e inteiramente reformado por um empreiteiro camarada para servir como propina ao ex-presidente. Na versão do senhor L--- da Silva, nem as visitas de Marisa Letícia ao apartamento nem a negociação para a reforma eram de seu conhecimento. Quando Moro pediu que ele explicasse melhor a relação da falecida mulher com o apartamento e com o empreiteiro camarada, o senhor L--- da Silva, depois de praticamente incriminá-la, disse que para ele era “muito difícil” ouvir o juiz Moro falar sobre Marisa Letícia “sem ela poder estar aqui para se defender”.
 
 
Conclui-se, pelo depoimento, que Marisa Letícia mandava no senhor L--- da Silva em todos os planos de sua vida – pessoal, doméstico, familiar, político e administrativo. A menos, é claro, que o viúvo, além de mentiroso, seja daqueles tipos que não consideram vício de caráter atribuir a autoria de ilícitos à própria mulher, desde que ela esteja morta e, portanto, calada.
 
 
Mas a muito conveniente ignorância do viúvo é abrangente. Questionado pelo juiz Sérgio Moro se em algum momento, como grande líder do PT, pediu ao partido que investigasse o envolvimento de correligionários no esquema de corrupção detalhado posteriormente pela delação de executivos das empreiteiras e da Petrobrás, o viúvo disse que em 2014, quando vieram à tona as denúncias da Lava Jato, ele era apenas um ex-presidente, comparável a um “vaso chinês”. Moro insistiu em que, mesmo na condição de ex-presidente, o depoente tinha evidente influência no PT, ao que o chefão petista respondeu, para espanto geral: “Eu não tenho nenhuma influência no PT”.
 
  
 Bastou o ex-presidente dizer que não tem nenhuma influência no PT,
 para ficar provado que mentira é seu forte.
 

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