Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

quarta-feira, 18 de março de 2015

Vida de uma funcionária da PETROBRÁS

 
Como o artigo abaixo foi enviado como carta a um jornal, me senti à vontade para colocá-lo aqui com nome e sobrenome conforme foi enviado e exposto a todos os leitores do jornal.
 
 
 
Carta que acabei de enviar para o jornal "O Globo".
Não sei se publicarão
Marilena Maçol Costa
 
Entrei na PETROBRAS por concurso em 1963 e lá trabalhei até 1993. Lá acabei de me criar praticamente, trabalhando de dia e cursando faculdade à noite, galgando através de concurso tanto interno como competindo com externos, cargos mais altos. Peguei as épocas de antes, durante e após a Revolução de 1964.
 
Fui a primeira mulher a acampar no Alto Juruá/AM, a segunda mulher, substituindo uma que havia falecido, a fazer trabalho em todas as Plataformas e Navio-Sonda da época, e a primeira mulher a representar a PETROBRAS/INTERBRAS em Congresso de Óleo Lubrificante Básico (LUBOIL) em San Diego, CA/U. S. A..
 
Nesses trinta anos, não vi e nem ouvi ninguém, nem colegas e nem chefes, falarem em propina ou enriquecerem. Vestíamos de fato a camisa da empresa.
 
Após a entrada do PT no (des)governo, começou a festa da terceirização na PETROBRAS, alcançando o número de dois terços de terceirizados, ao invés da manutenção do ingresso por concurso público.
 
Na PETROS (Fundação Petrobras de Seguridade Social), a partir ainda da entrada do PT no (des)governo, começaram as evidências dos mal feitos no nosso patrimônio que é sustentado com consideráveis contribuições pelos empregados ativos e aposentados, através de diversas negociações duvidosas, como o caso "PETROS/ITAUSA/Camargo Correa", "Lupatech", INVEPAR - envolvendo a OAS, construção da hidroelétrica Belo Monte e mais uma lista que aqui não daria.
 
Em reunião com empregados que contribuem para a PETROS, PREVI (Banco do Brasil), VALIA (Vale do Rio Doce) e FUNCEF (Cxa. Econômica), ficamos sabendo que desmandos e mal feitos semelhantes acontecem também naquelas fundações.
 
Com o PT no poder, FUP (Federação Única dos Petroleiros) e CUT (Central Única dos Trabalhadores), com José Sérgio Gabrielli na presidência da PETROBRAS e Wagner Pinheiro de Oliveira na presidência da PETROS, vimos o início do esfacelamento da PETROS, em 06 de janeiro de 2001, com a oferta de uma migração dos contribuintes da PETROS para o Plano Petrobras Vida (PPV), totalmente prejudicial ao participantes. Tal plano teve 70% de rejeição e conseguimos cancelar na justiça. Ainda assim, numa clara demonstração de desprezo aos Juízes Federais, os presidentes acima citados da PETROBRAS e da PETROS respectivamente, ignorando o julgado e o determinado pelo Juiz da 14ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, Charles Renaud Frazão de Moraes, decidiram continuar desrespeitando as Leis e a Constituição Federal e criaram o plano PETROS 2 para os empregados que passassem a ingressar na empresa.
 
Em agosto de 2006 implementaram na PETROS um plano de repactuação, e sabedores das dificuldades que os aposentados - 90 % com empréstimos na fundação - vinham sofrendo com o congelamento dos salários, contrário aos Estatutos da PETROS que prevê que os aposentados recebam como se na ativa tivessem, razão pela qual, mesmo aposentados, continuam a contribuir para a fundação, ofereceram 2,75 vezes o valor dos seus respectivos benefícios para quem repactuasse entre 20/10 e 15/11. Aqueles que migrassem de 21/11 a 07/12 receberiam menos, o valor seria multiplicado por 2,5. O bônus foi no mínimo de R$15 mil. Ora, quando uma coisa é boa, são os cidadãos que pagam para entrar ou participar e não ao contrário. Todavia, em virtude das dificuldades dos aposentados, em torno de 70% repactuou, cortando com isso todo e quaisquer vínculos com a "holding", sem, com isso, poderem nunca mais entrar com ações na justiça para reclamarem reajustes ou equiparação de nível. E, recentemente, FUP e CUT começaram um movimento para conseguirem a "Separação de Massas", ou seja, separar repactuados de não repactuados de uma conta que é indivisível, e isso alteraria a característica básica do Plano da PETROS é mutualista.
 
Fora isso, quando na presidência da PETROBRAS o José Sérgio Gabrielli, que é originalmente de Salvador/BA, transferiu o Serviço Financeiro da empresa para aquela cidade, já que seu intuito, como amigo pessoal do Jaques Wagner, era se candidatar a Governador da Bahia, em substituição ao amigo, atual Ministro da Defesa. 
 
Ora, a sede da PETROBRAS, que foi instituída em 03 de outubro de 1953, sempre teve a sua sede no Rio de Janeiro/RJ. Totalmente evidente as intenções do José Sérgio Gabrielli com essa providência.
Ainda sob a batuta do ex presidente da PETROBRAS, José Sérgio Gabrielli, e com apoio de CUT e FUP, foi colocado como Gerente de Recursos Humanos, por dez anos consecutivos,  nada mais, nada menos que um "Técnico de Projetos, Construção e Montagem", Diego Hernandes, que destruiu a excelência do Plano de Cargos e Salários da empresa.
 
Questionei sobre isso o Conselho Regional de Administração (CRA/RJ) que encaminharam o meu "e-mail" para a Ouvidoria e nunca recebi resposta, para saber qual o comprometimento do CRA/RJ a ponto de aceitar uma aberração dessas e nunca ter se pronunciado a respeito, já que aquele Órgão é tão zeloso na fiscalização de anomalias como essa.
 
   Marilena Costa
RIO DE JANEIRO/RJ 



 
 

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